Reservatórios do sistema operam com 15,3% do nível nesta sexta (1º).
Julho foi o sexto mês do ano em que choveu abaixo da média histórica na região dos reservatórios do Sistema Cantareira, de acordo com dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Ao longo dos sete primeiros meses de 2014, a precipitação acumulada foi de 57,65% do esperado, o que agravou a crise no abastecimento da Grande São Paulo.
O único mês em que choveu mais do que a média histórica foi março: 193,3 milímetros contra a média de 184,1. Se tomada como base a média histórica, a expectativa era que a região das represas tivesse acumulado 925 milímetros de chuva até o fim de julho. Porém, os reservatórios receberam pouco mais da metade: 533,3 milímetros de chuva.
A maior diferença foi no mês de junho, quando choveu apenas 28,21% do esperado - 15,8 milímetros contra média de 56 milímetros. Nesta sexta-feira, os reservatórios do Cantareira operavam com 15,3% da capacidade total.
A maior diferença foi no mês de junho, quando choveu apenas 28,21% do esperado - 15,8 milímetros contra média de 56 milímetros. Nesta sexta-feira, os reservatórios do Cantareira operavam com 15,3% da capacidade total.
Alto Tietê
No Sistema Alto Tietê, que opera com 20,7% nesta sexta, as chuvas também vieram com menos intensidade do que o esperado em 2014. Em todos os meses choveu menos que a média histórica. Foram 595,9 milímetros de janeiro a junho contra a média de 893,3. Choveu 66,7% do esperado.
No Sistema Alto Tietê, que opera com 20,7% nesta sexta, as chuvas também vieram com menos intensidade do que o esperado em 2014. Em todos os meses choveu menos que a média histórica. Foram 595,9 milímetros de janeiro a junho contra a média de 893,3. Choveu 66,7% do esperado.
O sistema passou, em dezembro de 2013, a oferecer água para parte da população abastecida pelo Cantareira como medida do governo do estado para amenizar a crise do abastecimento. Desde então, o Alto Tietê também perdeu volume elevado de água e a possibilidade de se usar o “volume morto” chegou a ser debatida.
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin negou, no entanto, e disse que as obras são para“deixar tudo preparado”. Atualmente, o Alto Tietê produz cerca de 14,5 mil l/s de água e abastece aproximadamente 4,5 milhões de pessoas.
Sistema em crise
A crise no Cantareira começou por causa da pouca chuva e das altas temperaturas no último verão. No inverno, segundo a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, os níveis de chuva estão próximos do esperado para a estação. “Todo o problema de abastecimento de água na Grande São Paulo é decorrente da falta de chuva que aconteceu especialmente no verão 2013/2014”, diz.
A crise no Cantareira começou por causa da pouca chuva e das altas temperaturas no último verão. No inverno, segundo a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, os níveis de chuva estão próximos do esperado para a estação. “Todo o problema de abastecimento de água na Grande São Paulo é decorrente da falta de chuva que aconteceu especialmente no verão 2013/2014”, diz.
Segundo ela, não há expectativa de haver chuvas regulares em julho e em agosto. “O quadro de seca vai continuar. A expectativa é que a chuva comece a cair com alguma regularidade mais no final de setembro e principalmente em outubro”, diz. Ainda assim, a possibilidade de as chuvas atrasarem não está descartada.
O Sistema Cantareira é formado pelas represas Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. Elas ficam no estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais. Juntas, as represas fornecem água para cerca de 9 milhões de pessoas na cidade de São Paulo (zonas Norte, Central e parte das zonas Leste e Oeste), além de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Taboão da Serra, São Caetano do Sul, Guarulhos e Santo André. Parte do interior do estado também recebe água do sistema.
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